sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Razão com emoção ou emoção com razão?

Nesta última quinta-feira ouvindo rádio de noite em meu carro a caminho de um barzinho onde havia marcado encontro com amigas, minha atenção foi presa quando uma locutora (em tom de brincadeira) comentou que era punk trabalhar com os seus companheiros de rádio: um extremamente racional e o outro extremamente emotivo.



Se a gente começar a pensar na razão e na emoção, vai perceber que uma é totalmente o oposto da outra, porém, para termos um equilíbrio em nossa vida, a gente precisa que ambas caminhem juntas.



Posso estar enganada, mas acredito que seja impossível uma pessoa ser metade emoção e metade razão. Sempre acaba pendendo para um lado: ou é mais "cérebro" ou é mais "coração".

Da mesma maneira que não creio na existência de alguém 100% emocional ou 100% racional (pego eu mesma como exemplo: sou muito emotiva, porém em certas situações aprendi a agir mais com o lado racional, como no trabalho).



Imagina só como o mundo seria surtado se nele tivessem pessoas 100% racionais e 100% emotivas (é difícil até de imaginar isso hein? Pessoas extremamente frias, calculistas e previsíveis assim como dramáticos, depressivos e chorões dominariam o mundo! Aff...)



Nós, humanos, somos diferentes dos animais por vários motivos: somos seres pensantes (se bem que as vezes agimos como amebas ambulantes), temos consciência, sabemos dicernir o bem do mal, o certo do errado (pelo menos na teoria) e também agora percebo outra característica: a nossa capacidade de constante “conflito mental” entre a razão e a emoção em várias situações que nos encontramos, e, para cada uma dessas situações, avaliamos o que deverá prevalecer : se a razão ou se a emoção.



Quer ver só:



Você leva uma fechada no trânsito de um babaca, mentalmente a sua razão conflitará com a sua emoção.

Se fosse para agir emocionalmente ao extremo, você devolveria a fechada ou tentava um homícidio (dá vontade de matar esses FDPs!!!).



Porém, nessa ocasião, sabemos que temos que agir com a razão, pois se matarmos o infeliz irá nos complicar lá na frente: iríamos para a cadeia, perderíamos nosso emprego e muitos amigos, faríamos nossos familiares sofrerem, fora o possível remorso que sentiríamos.



Então, como a grande maioria é “equilibrada”, quase que no automático optamos pela melhor escolha nesse momento: a razão.



Agora, você está apaixonadérrimo por alguém.

A razão vai ficar perturbando: "você não conhece a pessoa direito, pode se arrepender mais na frente, sofrer, se decepcionar, para que arriscar e possivelmente quebrar a cara? A possibilidade disso acontecer é grande!"


A emoção vai dizer: “se joga, melhor se arrepender pelo que fez do que pelo que não fez, nada como se apaixonar, amar... é tão bom....”.


Na grande maioria desse casos, a favorita como escolha é a emoção (senão, jamais teríamos romances, namoros, casamentos, laços sentimentais fortes por nossa família, amigos...)


Não existe razão sem emoção e nem emoção sem razão.

Precisamos desse "conflito" constantemente, pois a vida é feita de escolhas e para cada escolha é necessário " fazer duelar" a razão com a emoção.



Finalizo com uma frase de Fernando Pessoa e desejo a todos um excelente fim de semana:



"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar."

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