quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Não só de palavras se faz um idioma, mas de toda expressão que procede da boca do povo!


O nosso idioma é considerado um dos idiomas mais difícieis que existe (também né... é tanta regra gramatical, mil e uma conjugações...aff... alguém aí usa o "vós" por acaso?) porém, tem o outro lado da moeda: certamente é também um dos mais ricos em expressões.


Algumas expressões são clássicas e se encaixam como uma luva em muitas situações, como: água mole em pedra dura tanto bate até que fura, quem desdenha quer comprar, antes tarde do que nunca, custa os olhos da cara e por aí vai.


Tem aquelas expressões que se complementam, pois, não adianta mesmo chorar pelo leite derramado quando a vaca vai pro brejo porque no final, sempre tem uma luz no fim do túnel.


E antes pensar na morte da bezerra do que pensar em coisa alguma. Pois cabeça vazia, oficina do diabo.


Já que vingança é um prato que se come frio, tome cuidado para nunca cuspir para cima e mexer com a pessoa errada.


Mas também tem aqueles ditos populares que se contradizem:


Se filho de peixe peixinho é, então por que em casa de ferreiro o espeto é de pau?

(Aliás, fiquem sempre com os olhos bem abertos com os ferreiros, já que quem com o ferro fere, com o ferro será ferido).


E que cargas d'água é a expressão borboletas no estômago que indica quando se está apaixonado?

Sinceramente, alguém já teve borboleta no estômago? E se teve, a sensação foi boa?

Eu hein... essa expressão deveria indicar enjoo... seria mais realista...


Bom, já que falamos de paixão (que é o fogo que arde sem se ver) faz-se logo uma ponte para falar de amor:


O que os olhos não veem, o coração não sente.
Essa expressão não deveria ser o que os olhos não veem o coração SENTE?
Sim, pois amor é quando sentimos algo forte certo? E o amor não é cego?


E quantas vezes não jogamos um verde para colher maduro dando uma de João sem braço... (coitado do João né? por que essa expressão não "tirou fora os braços" do Pedro ou do José?)


Sempre ouvi dizer que cavalo dado não se olha os dentes e nem se deve deixar um cavalo encilhado passar pela nossa frente e não montar (preciso prestar mais atenção nos cavalos... sem olhar os dentes deles, claro!)


Já que estamos falando em bichos, tem aquele famoso ditado que mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
Pensando bem, que judiação com o bichinho! É bem melhor dois voando livres do que um na mão né?


E tem tanta gente em Brasília que precisa de óleo de peroba para passar na cara de pau...e a gente pagando o pato... bom... mas isso são outros 500...



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